Noctiluca Constans ou de cómo fazer brilhar o que resta.* / Félix Duque

[…] O que acontece é, como já indiquei antes, que o artista não imita a natureza: compete, luta com ela em amorosa concomitância, como na ungeheure Paarung, o “emparelhamento prodigioso” do que falara Hölderlin. Casás é a viva imagem do peregrino alquimista, sabedor já de que não se trata de converter o mais baixo, por exemplo, o chumbo, -no mais alto, digamos, o ouro- por processos de calcinação ou de ebulição mas de fazer ver, mediante a intervenção técnica, o mais baixo no mais alto e vice versa: mutação, metamorfose dos respeitos. […]

Félix Duque, filósfo espanhol que vive em Madrid. É também formado em Psicologia. Doutor pela Universidade Complutense de Madrid, professor nesta mesma universidade, catedrático na Autônoma de Madrid e na Universidade de Valencia. Gastprofess no Hegel-Archiv de La Ruhr Universität Bochum. Coordenador editorial da coleção Clásicos de Pensamiento e da Editorial Agra, entre outros. Autor de diversos livros. Diretor da Revista Sileno e da Editorial Abada.

* El texto completo se encuentra en el libro Fernando Casás: Fosfor·essencia. cbcontemporâneabrasil.. Rio de Janeiro, 2011.